Começamos a semana com a triste notícia de um grande vazamento de óleo na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Ver as fotos do mar transparente tingido de negro nos faz lembrar a importância da preservação do meio ambiente nas áreas de grande exploração de petróleo em águas profundas e de seus perigos – que se escondem não apenas na extração e nas plataformas, mas também no transporte em navios.
Ao mesmo tempo, especialistas calculam que a exploração nas camadas do pré-sal deve trazer cerca de 20 bilhões de dólares em investimentos, sendo o Rio um dos lugares que mais irá se beneficiar. Portos, estaleiros, aeroportos e outras atividades ligadas à indústria petrolífera receberão uma injeção de dinheiro como há muito não se via.
Na previsão mais otimista, todos estes investimentos – sejam privados ou públicos – darão ao estado a oportunidade de um grande desenvolvimento econômico e deixa como legado uma infraestrutura apropriada para dar continuidade a esse crescimento no futuro. Mas, mesmo sabendo que a Petrobras está mais do que preparada, devemos lembrar que há numerosas outras empresas atuando na costa brasileira e não podemos descartar o risco ambiental que uma exploração abaixo da superfície marinha pode trazer, além dos impactos nas cidades, estradas e na poluição atmosférica.
Neste contexto, devemos aguardar sabedoria dos governos em todas as esferas para aproveitar este momento tão importante para o estado, e também um rigor ímpar nas fiscalizações, com destaque para os órgãos reguladores. A maior beneficiada da transformação que está por vir deve ser sempre, acima de qualquer outra, a sociedade.
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