Os sucessivos adiamentos da votação a respeito do novo Código Florestal mostram o quanto o tema acirra os ânimos de ambos os lados – os ruralistas e os ambientalistas. O debate sobre a legislação que determina parâmetros para a produção agrícola e as delimitações de áreas de preservação ambiental é fundamental para que possamos preservar não apenas uma das principais atividades econômicas do país, mas também o futuro de rios e florestas.
O Código, cuja atualização é necessária – o primeiro documento é de 1934 – tem a responsabilidade de tratar não apenas das necessidades de hoje, mas também salvaguardar nosso patrimônio ambiental para o futuro. A tendência política mostra que o governo trata do assunto com cautela, mas tem feito diversas flexibilizações.
Mesmo que a bancada ruralista – numericamente mais forte que a ambientalista – consiga concessões, é importante que a lei mantenha o equilíbrio entre a conservação das florestas e ecossistemas nativos, os pequenos agricultores e a agricultura empresarial. A resultante principal tem que ser a sociedade brasileira. E o Brasil não pode passar vergonha na Rio + 20, que acontecerá em nosso país, 20 anos após a ECO-92.
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