segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A engenharia e as catástrofes

Mais uma vez, o momento é de exercer a solidariedade. Após as chuvas provocarem desabamentos e mortes em Angra dos Reis, mobilizando o país, esta semana o mundo foi surpreendido por um intenso terremoto que devastou o Haiti, o país mais pobre das Américas. O abalo sísmico e a destruição foram tão grandes que chegaram a ser comparados à detonação de 30 bombas atômicas iguais as de Hiroshima.

Não há como prever ou prevenir uma catástrofe desta natureza, porém os esforços humanos são capazes de amenizar os prejuízos materiais e também de vidas humanas. Uma vez que o país encontra-se em uma área de falha geológica com alto risco de terremotos, é extremamente necessário e urgente o desenvolvimento de tecnologias e métodos de engenharia que possibilitem que estes acontecimentos tenham o menor impacto possível para os habitantes.

Na década de 90, por exemplo, abalos de fortes proporções quase destruíram a cidade de Kobe, no Japão, e a Califórnia, nos EUA. No entanto, suas conseqüências foram diferentes justamente por causa da engenharia. Os prejuízos nos EUA foram enormes, mas menores do que na cidade japonesa porque os americanos dispunham de uma infraestrutura instalada na adaptação das casas.

Infelizmente, a tragédia é agravada pela delicada situação socioeconômica do país. Por conta de suas condições precárias, o Haiti não possui equipamentos adequados para a detecção de tremores, nem ao menos máquinas capazes de ajudar no salvamento de pessoas soterradas por escombros. Além de enviar ajudas humanitárias, os países que, agora, se unem para tentar auxiliar nessa recuperação devem, também, fornecer equipamentos, engenheiros especializados e tecnologias para que, neste momento, os enviados de todo o mundo ao menos consigam chegar à capital, Porto Príncipe, e forneçam a ajuda que a população tanto necessita.

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