A Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a votação para a reforma do Código Florestal, legislação que, como o nome explica, cuida das nossas ricas flora e fauna. A mudança flexibilizaria a demarcação das Áreas de Preservação Permanente (APPs), permitindo que cada estado possa regulamentar as suas, além de anistia para quem desmatou até 2008. Muitos ambientalistas são contrários à alteração, uma vez que ela diminuiria a proteção atual das florestas.
O debate ainda vai perdurar. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou recentemente que irá apresentar sugestões ao relator Aldo Rebelo, uma vez que considera que as atuais mudanças prejudicariam, inclusive, as metas de redução de monóxido de carbono com as quais o Brasil se comprometeu ano passado, em Copenhague.
O que é consenso entre todos os lados da história é que a legislação atual precisa ser aperfeiçoada. O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo, e não é de hoje que se sabe que a floresta em pé é um dos mais valiosos patrimônios que uma nação deve ter e preservar. É preciso que estas mudanças sejam feitas ouvindo os diversos atores envolvidos, e todos devem ter em mente que o que está em jogo é o futuro do nosso país. Não podemos permitir que grandes proprietários preocupados apenas com os resultados da produção agrícola ganhem uma lei mais branda no que se refere ao desmatamento, assim como não podemos onerar o já tão sofrido pequeno produtor, que luta para manter sua sobrevivência. E muito menos que a nossa já alta taxa de desmatamento, mesmo apresentando sinais de melhora, continue.
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