quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Momento decisivo

Um dos carros-chefe da campanha política do governador reeleito, Sergio Cabral, o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) está sendo posto à prova após os contínuos ataques que a população carioca vem sofrendo. Ataques a guaritas da polícia, arrastões e carros incendiados estão deixando os moradores da cidade sitiados e com medo, e têm sido traduzidos como um recado dos bandidos ao êxito do projeto.
O fato é que, desde a primeira ocupação, no Morro Dona Marta, em Botafogo, as operações policiais têm focado muito o domínio territorial, o que é importantíssimo, mas são poucas as buscas por traficantes residentes nos morros, haja vista a pequena quantidade de presos e apreensões nestas operações.

É fato que os bandidos que não estão sendo alcançados irão, de alguma forma, “revidar” pelos prejuízos impostos. Portanto, está na hora de o governo, que teve reeleição acachapante, implantar de forma mais ampla a sua política de segurança pública, impedindo esses ataques que têm causado o medo entre os cidadãos que precisam se deslocar para o trabalho ou o lazer, sem deixar que os benefícios sociais alcançados nas comunidades antes marginalizadas sofram retrocessos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O arquiteto, Oscar Niemeyer cede entrevista para o Crea-RJ

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Mudanças necessárias

A tentativa de moralização do trânsito da cidade pelo prefeito Eduardo Paes pode ser o início da organização do caótico cotidiano carioca, mas apenas se for realizada de forma séria e ordenada. A implantação do Bilhete Único Carioca (BUC) e a mudança nas linhas de ônibus devem levar em consideração o interesse dos passageiros, e não das empresas do setor.

A Zona Oeste é uma das regiões mais prejudicadas quando se trata de transporte público e um retrato da bagunça que impera na cidade. Vans irregulares e linhas de ônibus escassas já fazem parte da rotina. Por isso, é muito importante que os moradores desta região sejam servidos de forma mais efetiva. São constantes as reclamações de que a duração do bilhete não comporta o tempo que os moradores levam para retornar de certos destinos, como o Centro.

Cabe ao prefeito abrir os olhos e ouvidos para a população e fazer o que todos esperam dele: atender às necessidades dos cariocas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Boa notícia

Foi realizada até dia 29 de outubro em Nagoya, no Japão, a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). A convenção é um tratado internacional, feito em 1992, que promove a conservação e o uso sustentável da biodiversidade do planeta. A COP-10 era a reunião mais importante deste evento e terminou de maneira inesperada: com sucesso.

Após o fracasso da Conferência de Copenhague no ano passado, o temor era de que o impasse e a falta de acordo se repetissem. Um dos temas mais inflamados é a regulamentação de um protocolo de um regulamento para a exploração comercial de recursos genéticos, assunto especialmente caro ao Brasil – um dos países com maior biodiversidade do planeta. A ideia desta regulação seria garantir que os lucros obtidos com estes recursos sejam partilhados pelo país de origem da espécie e com as populações tradicionais que podem ter contribuído para a pesquisa.

Os 193 países, felizmente, chegaram a um consenso e aprovaram um pacote de medidas para frear o crescente ritmo de destruição da biodiversidade. Entre elas, a criação de um protocolo internacional de regras sobre o uso de recursos genéticos de plantas, animais e micro-organismos. Além do protocolo, incluiu-se também um plano estratégico de metas globais de biodiversidade para o período 2011-2020 e um novo mecanismo financeiro projetado para apoiar o cumprimento dessas metas.

Não são metas perfeitas, mas sua grande qualidade é que são viáveis. Agora, as nações devem trabalhar para que o acordo político seja de fato cumprido e não caia no descrédito, a exemplo do Protocolo de Kioto.
 
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