Foi realizada até dia 29 de outubro em Nagoya, no Japão, a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). A convenção é um tratado internacional, feito em 1992, que promove a conservação e o uso sustentável da biodiversidade do planeta. A COP-10 era a reunião mais importante deste evento e terminou de maneira inesperada: com sucesso.
Após o fracasso da Conferência de Copenhague no ano passado, o temor era de que o impasse e a falta de acordo se repetissem. Um dos temas mais inflamados é a regulamentação de um protocolo de um regulamento para a exploração comercial de recursos genéticos, assunto especialmente caro ao Brasil – um dos países com maior biodiversidade do planeta. A ideia desta regulação seria garantir que os lucros obtidos com estes recursos sejam partilhados pelo país de origem da espécie e com as populações tradicionais que podem ter contribuído para a pesquisa.
Os 193 países, felizmente, chegaram a um consenso e aprovaram um pacote de medidas para frear o crescente ritmo de destruição da biodiversidade. Entre elas, a criação de um protocolo internacional de regras sobre o uso de recursos genéticos de plantas, animais e micro-organismos. Além do protocolo, incluiu-se também um plano estratégico de metas globais de biodiversidade para o período 2011-2020 e um novo mecanismo financeiro projetado para apoiar o cumprimento dessas metas.
Não são metas perfeitas, mas sua grande qualidade é que são viáveis. Agora, as nações devem trabalhar para que o acordo político seja de fato cumprido e não caia no descrédito, a exemplo do Protocolo de Kioto.
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