O debate sobre a geração de energia, desenvolvimento econômico e suas consequências para o meio ambiente é, talvez, o debate mais importante de nosso tempo. Não é à toa que o tema tem aparecido em peso no noticiário, sob diferentes aspectos.
A tragédia nuclear no Japão, apesar do fim, infelizmente, distante, já muda, a partir de agora, o cenário futuro da utilização de usinas nucleares. Mesmo sendo difícil a extinção dessa energia, uma vez que é fortemente utilizada nos países desenvolvidos, o impacto do vazamento de Fukushima já faz o mundo repensar normas de segurança e a prorrogação de uso de usinas construídas na década de 70.
No início do mês, representantes de líderes mundiais se reuniram em Bangcoc, na Tailândia, para o início das negociações em torno da prorrogação ou não do Protocolo de Kioto, que expira em 2012. O evento, que foi uma prévia da COP 16, a ser realizada no fim do ano em Durban, na África do Sul, terminou sem garantias de que vai haver um acordo sobre o tema.
Por fim, o anúncio de que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) ter solicitado que o Brasil pare a construção de Belo Monte até que exigências como consultas nas comunidades indígenas sejam realizadas faz com que a hidrelétrica esteja, novamente, na berlinda.
Até que as negociações globais avancem e a discussão de alternativas seja seriamente colocada em pauta, muita energia, com o perdão do trocadilho, será gasta em discussões infrutíferas.
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