Esta semana a cidade viveu mais uma tragédia anunciada. Na segunda-feira, Kaikke da Silva, de apenas 4 anos, morreu após ser atropelado por um ônibus em uma calçada insegura do Méier. No local do acidente, a largura é de apenas 1,34 m, quando deveria ser de 6 metros. Assim como a vida do pequeno Kaikke, outras milhares são diariamente expostas ao risco no Rio devido às irregularidades de nossas calçadas.
No ano passado, o Crea-RJ fez um levantamento detalhado dos problemas das calçadas na Zona Sul da cidade. O mau resultado, no entanto, pode ser observado também em outras regiões, como no Méier, onde morreu Kaikke, e na Zona Oeste. Além de espaços estreitos, há problemas com pisos irregulares, ocupação indevida dos espaços por comércio, entre outros.
O Crea-RJ vem há muito tempo fazendo seu dever de alertar para o problema. Não é possível que tenhamos que esperar mais tragédias para que as providências sejam tomadas. A conservação das calçadas é de responsabilidade dos proprietários dos imóveis, mas a fiscalização é de responsabilidade da prefeitura. O choque de ordem municipal está colaborando para resolver a ocupação irregular das calçadas, mas é preciso uma grande ação das secretarias municipais de Urbanismo e de Obras para efetivamente garantir segurança e tranqüilidade a quem precisa andar pelas calçadas e ruas do Rio.
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