O Crea-RJ há muito luta pelo livre exercício do direito básico de ir e vir de todos. Hoje, infelizmente, nossa cidade não é acessível a todos os seus cidadãos. Problemas como má pavimentação, calçadas mal conservadas, estrangulamento em faixas de circulação e pisos de pedra portuguesa com desníveis e oscilações inviabilizam o trânsito de idosos e pessoas com algum tipo de deficiência motora permanente ou temporária.
A lista dos problemas que afetam estas pessoas em nossa cidade é imensa, como mostrou nosso levantamento realizado em agosto do ano passado: rebaixamento de calçadas com desníveis acima de 5 mm e inclinação superior a 8,33%; tampas de concessionárias instaladas de forma aleatória; instalação de vasos de plantas com espécies não adequadas, como arbustos, plantas com espinhos etc; balizamentos para carro e rebaixamento para acesso de veículos que interferem na faixa de circulação; ocupação irregular das calçadas por comerciantes e ambulantes com mesas, cadeiras, carrocinhas sem sinalização; estacionamento irregular nas calçadas que impedem a circulação, principalmente de idosos, mães com carrinhos de bebês e carrinhos de compras; canteiros de obras que expõem o pedestre a riscos, como dividir a faixa de veículos; falta de telefone acessível nos trechos observados, bem como vagas demarcadas para uso de deficientes; entre outros.
Por isso, lançamos uma cartilha, realizamos diversos seminários e continuaremos na luta para esclarecer as questões de acessibilidade em espaços públicos. Precisamos sensibilizar os profissionais e a sociedade e promover o cumprimento do decreto federal 5.296/04 para garantir a aplicabilidade das normas relativas à acessibilidade, discutindo estratégias que favoreçam a inclusão social e espacial de pessoas com deficiência permanente ou temporária, ou ainda com mobilidade reduzida.
É preciso conscientizar os profissionais responsáveis pelo projeto, execução e fiscalização desses espaços para a necessidade de se respeitar os portadores de necessidades especiais, incluindo naturalmente os projetos arquitetônicos. Participe você também dessa luta. Cumpra as determinações do decreto em sua residência e comércio e ajude a fiscalizar e cobrar o poder público. Precisamos que nossa linda cidade seja de todos.
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