Estou em Copenhague, esta semana, tendo sido eleito para representar o Confea nesta importante Convenção do Clima da ONU, que pode – ou, ao menos, pretende - definir os rumos do planeta para os próximos anos. Trago comigo a Carta do Amazonas, documento elaborado no início deste mês na 66ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (SOEAA), realizada em Manaus, na região amazônica, para “Pensar o Brasil no contexto mundial: inovação, desenvolvimento sustentável e ética”.
O documento, aprovado por aclamação por 2.500 profissionais inscritos no evento, trata de diversos aspectos. Entre eles, é de fundamental destaque a manutenção do que chamamos “floresta em pé”. Na dinâmica econômica de desmatamentos, principal vilão da destruição da nossa Amazônia, tem-se dado mais valor à floresta derrubada. E é preciso reverter este processo.
Devemos aproveitar o momento propício para investirmos pesadamente em conceitos que já começam a ser encarados de forma mais compromissada pelos atores econômicos: sustentabilidade e inovação tecnológica. Urge a implantação de ações e políticas públicas que minorem a desigualdade social e que tragam o desenvolvimento econômico necessário para a criação de um paradigma mundial, que leve em conta, entre outros fatores, o equilíbrio das matrizes energéticas e a adoção de padrões de consumo que não aumentem ainda mais a pressão sobre os recursos naturais disponíveis.
Para além das metas de emissões de gás carbônico na atmosfera e de medidas para combater o aumento da temperatura global, a Convenção do Clima deverá deixar mais claras as responsabilidades de cada país para a manutenção de um ambiente sustentável. Apesar de ser a atual maior poluidora do mundo, a China não pode ser penalizada, sozinha, pelos estragos causados há centenas de anos pelos países desenvolvidos, como os europeus e os Estados Unidos.
A consciência de que o futuro começa agora pode ser o primeiro passo para chegarmos ao mundo que almejamos ter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário