sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mudança climática

Aos poucos, a discussão atual sobre mudanças climáticas vai ganhando capilaridade por toda a sociedade mas é no contexto das profissões tecnológicas que reside um especial poder de transformação, uma vez que a atividade econômica se encontra assentada na tecnologia.

Por sua vez, muitas ferramentas tecnológicas disponíveis hoje resultam de um resgate de práticas muito antigas e populares, como o princípio de iluminação natural, captação da água da chuva e uso de energia solar, cada vez mais utilizados na arquitetura e na construção civil. Este é o caso também dos chamados "defensivos alternativos", agentes de controle de pragas e doenças utilizados em sistemas agroecológicos, devidamente avalizados pela pesquisa pública. São fáceis de manipular, baratos e de simples adoção.

Os profissionais do sistema Confea/Crea têm uma grande responsabilidade na construção de uma matriz tecnológica solidária com as futuras gerações, devendo também dar atenção à natureza política do desenvolvimento, sempre sujeito às forças dos interesses existentes, para que este também se dê da forma mais justa possível em termos sociais. Esta reflexão se faz ainda mais oportuna considerando a participação do Brasil na Conferência das Mudanças Climáticas da ONU, que ocorrerá em dezembro na cidade de Copenhagem, onde novas metas de redução de emissão de gases do efeito estufa estarão mais uma vez em discussão, estando estes níveis condicionados aos padrões de produção e consumo na sociedade.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Preparados para as oportunidades

O mercado da engenharia vem há algum tempo mantendo-se aquecido no estado graças à construção civil puxada pelas obras do Pac, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) e do Arco Rodoviário. Agora, com a confirmação da realização no Rio de dois eventos de porte mundial – parte da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016 –, a cidade investirá em infraestrutura e desenvolvimento em outras áreas, garantindo o aquecimento do mercado para profissionais de diversos segmentos da engenharia e também da arquitetura, urbanismo e agronomia.

Para realizar com êxito esses compromissos, a cidade deverá investir não apenas em obras, mas em engenharia de trânsito, em recuperação do meio ambiente, revitalização e recuperação de áreas degradadas, entre outros. Por isso, precisará de profissionais capacitados. Serão anos de grandes oportunidades para os profissionais.

Ciente de que é necessário estar sempre pronto para quando as oportunidades surgirem, o Crea-RJ trabalha continuamente na promoção do desenvolvimento e capacitação profissional. E continuaremos nesta linha, realizando seminários e eventos em todo o estado para os profissionais da categoria.

Ao mesmo tempo, em defesa da sociedade, estaremos sempre atuantes na fiscalização do exercício profissional e na averiguação de licenças e autorizações. Assim, contribuiremos para que o Rio tenha não somente profissionais prontos para aproveitar as oportunidades, mas que contribuam efetivamente para o sucesso desses nossos investimentos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vigilância constante

Ainda estamos no início da primavera e o estado já vem sendo castigado por fortes temporais. Na última semana, voltamos a vivenciar uma tragédia comum na temporada fluminense de chuvas: a morte de uma família soterrada em sua casa por um deslizamento de terras causado pela chuva. Desta vez, foi em Petrópolis, mas sabemos que em muitas cidades, incluindo a capital, inúmeras famílias encontram-se sob o mesmo risco.

A causa desses desastres não é somente a chuva, que pode, sim, ter se tornado mais abundante, mas que sempre existiu e sempre existirá. Esses problemas, que se tornam alarmantes no alto verão, com suas tempestades constantes, vêm se agravando porque cidades de porte médio e pequeno vêm reproduzindo comportamentos (danosos) que só atacavam os grandes centros. Os motivos das tragédias são a ocupação urbana desordenada, a falta de saneamento básico, o depósito de lixo em locais inapropriados e as obras feitas sem padrões mínimos de segurança. Causas humanas e, portanto, que podem ser evitadas.

Sabemos que a solução definitiva para esses terríveis acontecimentos é a moradia digna, longe de áreas de risco. Mas precisamos evitar mais mortes enquanto o problema persiste. Primeiro, é preciso que os cidadãos se unam ao Crea-RJ e cobrem dos órgãos públicos responsáveis a realização de obras adequadas de engenharia. Nós também ficamos atentos à realização de vistorias de rotina em áreas propensas a serem mais impactadas pelas chuvas e cobramos medidas como a instalação de sistemas eficientes de drenagem e dragagem das águas. Por último, lembro e peço que os cidadãos atuem em conjunto com a Defesa Civil, notificando indicativos de risco e respeitando as interdições onde o perigo é iminente. Vamos evitar novas tragédias.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cidade de trabalho

Engana-se quem disser que o Rio, hoje, é um local de festa. Ganhamos o direito de sediar as Olimpíadas 2016, sim, mas antes disso já possuíamos grandes compromissos. Em 2014, o Brasil sediará a Copa do Mundo e o Rio será uma das cidades a acolher os jogos, mas, enquanto isso, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o anel rodoviário, os estaleiros, as obras do PAC e a exploração do petróleo, que agora incluirá o Pré-Sal, estão sendo tocado a todo vapor. Por isso hoje podemos afirmar: o Rio é um local de trabalho.

E, onde há trabalho, precisa-se de trabalhadores. Por isso, um de nossos primeiros passos precisa ser formar mão-de-obra qualificada para tocar todos esses projetos. Precisamos de profissionais para a construção civil, a infraestrutura, a engenharia de tráfego e para equacionar as questões de meio ambiente. Precisamos de gente para prestar serviços na hotelaria, na rede de alimentação, no turismo, nas escolas e para assegurar a saúde e a segurança da população.

O governo municipal já deu um bom passo implementando o ensino da Língua Inglesa para crianças desde o ensino básico. Precisamos habilitar nossos profissionais e empresas e fiscalizar a real disponibilidade de professores para tais aulas e para garantir a qualidade do ensino.

Mais do que isso: é preciso que os governos – municipal, estadual e federal –, ao mesmo tempo em que qualificam os profissionais universitários, ampliem seus esforços na área profissionalizante, aumentando a oferta de vagas em cursos técnicos de curta e média duração.

Não podemos esperar sete anos para nos preparamos. Precisamos começar desde já a formar pessoas qualificadas para realizar com sucesso esses grandes eventos em nossa cidade maravilhosa.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Crea-RJ rumo a 2016

O carioca teve hoje uma sexta-feira ainda mais feliz. Tanto quem pode ir à Praia de Copacabana quanto quem precisou ficar nos escritórios comemorou a escolha da cidade para sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Foi um dia de música, fogos e alegria.

Nós, do Crea-RJ também ficamos felizes com a imensa oportunidade que se abre à nossa cidade. A vinda de um evento deste porte é um incentivo inigualável para que autoridades públicas, empresários e sociedade civil trabalhem a todo vapor para preparar nossa cidade para realizar a melhor Olimpíada que o mundo já viu.
Temos muito a fazer e precisamos fazê-lo de imediato. Por isso, hoje mesmo, enquanto ainda comemoramos, venho aqui para lembrar a todos de nossa responsabilidade e afirmar que o Crea-RJ irá acompanhar de perto cada passo da cidade rumo a 2016.

Temo um grande acúmulo de problemas, fruto do descaso das últimas três décadas de administrações descontínuas em nosso estado e municípios. É importante que sejam iniciados ainda este ano os programas para resolução desses problemas. Precisamos resolver questões sérias na rede de esgoto, instalações elétricas e transporte de massa.

Estamos juntos, hoje, na comemoração. E permaneceremos juntos no trabalho até 2016.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Por um trânsito melhor

Já falei algumas vezes aqui sobre o caos no trânsito do Rio de Janeiro. Muitas irregularidades são cometidas, poucas intervenções de sucesso de engenharia de tráfego têm sido planejadas e muitos empreendimentos residenciais construídos em áreas já problemáticas.

Neste mês, o Rio e outras três mil cidades do mundo comemoraram o Dia Mundial Sem Carro, com o objetivo de estimular o uso de outros meios de transporte que colaborem para o trânsito, o meio ambiente e a saúde das pessoas. Entre esses meios, destacou-se a bicicleta.
Quando se fala do uso da bicicleta no Rio, logo se ressalta a beleza do cenário proporcionado por um passeio deste tipo. Mas o fato é que, por um lado, a “magrela” está incorporada ao lazer do carioca, mas, por outro, os cidadãos e trabalhadores pouco têm conseguido utilizá-la como meio de transporte.

Eventos como o deste Dia Mundial são, sem dúvida, fundamentais para trazer à tona assuntos que precisam de atenção. Mas é de grande importância que os cidadãos fiquem cientes de que, para termos um trânsito mais organizado, um trajeto mais agradável e um meio ambiente mais saudável, é necessária a união de várias esferas.

Precisamos que o poder público crie ciclovias em corredores que realmente liguem áreas residenciais a comerciais e industriais. Precisamos que os órgãos públicos e as empresas privadas disponibilizem o equipamento necessário para o uso da bicicleta, tais como locais para guardar o veículo com segurança e banheiros para banhos e troca de roupas dos “trabalhadores ciclistas”. E precisamos que a sociedade cobre, de um lado, do poder público e, de outro, das empresas onde se trabalha e de onde se consome. E nós, do Crea-RJ estamos à disposição da sociedade, para ajudar a cobrar, fiscalizar e apoiar com conhecimento e técnica.
 
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