Aos poucos, a discussão atual sobre mudanças climáticas vai ganhando capilaridade por toda a sociedade mas é no contexto das profissões tecnológicas que reside um especial poder de transformação, uma vez que a atividade econômica se encontra assentada na tecnologia.
Por sua vez, muitas ferramentas tecnológicas disponíveis hoje resultam de um resgate de práticas muito antigas e populares, como o princípio de iluminação natural, captação da água da chuva e uso de energia solar, cada vez mais utilizados na arquitetura e na construção civil. Este é o caso também dos chamados "defensivos alternativos", agentes de controle de pragas e doenças utilizados em sistemas agroecológicos, devidamente avalizados pela pesquisa pública. São fáceis de manipular, baratos e de simples adoção.
Os profissionais do sistema Confea/Crea têm uma grande responsabilidade na construção de uma matriz tecnológica solidária com as futuras gerações, devendo também dar atenção à natureza política do desenvolvimento, sempre sujeito às forças dos interesses existentes, para que este também se dê da forma mais justa possível em termos sociais. Esta reflexão se faz ainda mais oportuna considerando a participação do Brasil na Conferência das Mudanças Climáticas da ONU, que ocorrerá em dezembro na cidade de Copenhagem, onde novas metas de redução de emissão de gases do efeito estufa estarão mais uma vez em discussão, estando estes níveis condicionados aos padrões de produção e consumo na sociedade.
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