Já falei algumas vezes aqui sobre o caos no trânsito do Rio de Janeiro. Muitas irregularidades são cometidas, poucas intervenções de sucesso de engenharia de tráfego têm sido planejadas e muitos empreendimentos residenciais construídos em áreas já problemáticas.
Neste mês, o Rio e outras três mil cidades do mundo comemoraram o Dia Mundial Sem Carro, com o objetivo de estimular o uso de outros meios de transporte que colaborem para o trânsito, o meio ambiente e a saúde das pessoas. Entre esses meios, destacou-se a bicicleta.
Quando se fala do uso da bicicleta no Rio, logo se ressalta a beleza do cenário proporcionado por um passeio deste tipo. Mas o fato é que, por um lado, a “magrela” está incorporada ao lazer do carioca, mas, por outro, os cidadãos e trabalhadores pouco têm conseguido utilizá-la como meio de transporte.
Eventos como o deste Dia Mundial são, sem dúvida, fundamentais para trazer à tona assuntos que precisam de atenção. Mas é de grande importância que os cidadãos fiquem cientes de que, para termos um trânsito mais organizado, um trajeto mais agradável e um meio ambiente mais saudável, é necessária a união de várias esferas.
Precisamos que o poder público crie ciclovias em corredores que realmente liguem áreas residenciais a comerciais e industriais. Precisamos que os órgãos públicos e as empresas privadas disponibilizem o equipamento necessário para o uso da bicicleta, tais como locais para guardar o veículo com segurança e banheiros para banhos e troca de roupas dos “trabalhadores ciclistas”. E precisamos que a sociedade cobre, de um lado, do poder público e, de outro, das empresas onde se trabalha e de onde se consome. E nós, do Crea-RJ estamos à disposição da sociedade, para ajudar a cobrar, fiscalizar e apoiar com conhecimento e técnica.
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