Ainda estamos no início da primavera e o estado já vem sendo castigado por fortes temporais. Na última semana, voltamos a vivenciar uma tragédia comum na temporada fluminense de chuvas: a morte de uma família soterrada em sua casa por um deslizamento de terras causado pela chuva. Desta vez, foi em Petrópolis, mas sabemos que em muitas cidades, incluindo a capital, inúmeras famílias encontram-se sob o mesmo risco.
A causa desses desastres não é somente a chuva, que pode, sim, ter se tornado mais abundante, mas que sempre existiu e sempre existirá. Esses problemas, que se tornam alarmantes no alto verão, com suas tempestades constantes, vêm se agravando porque cidades de porte médio e pequeno vêm reproduzindo comportamentos (danosos) que só atacavam os grandes centros. Os motivos das tragédias são a ocupação urbana desordenada, a falta de saneamento básico, o depósito de lixo em locais inapropriados e as obras feitas sem padrões mínimos de segurança. Causas humanas e, portanto, que podem ser evitadas.
Sabemos que a solução definitiva para esses terríveis acontecimentos é a moradia digna, longe de áreas de risco. Mas precisamos evitar mais mortes enquanto o problema persiste. Primeiro, é preciso que os cidadãos se unam ao Crea-RJ e cobrem dos órgãos públicos responsáveis a realização de obras adequadas de engenharia. Nós também ficamos atentos à realização de vistorias de rotina em áreas propensas a serem mais impactadas pelas chuvas e cobramos medidas como a instalação de sistemas eficientes de drenagem e dragagem das águas. Por último, lembro e peço que os cidadãos atuem em conjunto com a Defesa Civil, notificando indicativos de risco e respeitando as interdições onde o perigo é iminente. Vamos evitar novas tragédias.
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