sexta-feira, 21 de maio de 2010

Primeiros passos

Nas últimas décadas, o Rio perdeu o bonde da história na solução do transporte público ao desprezar o transporte sobre trilhos: trens e metrô.
Agora, o recente anúncio pelo prefeito Eduardo Paes da construção de uma linha expressa ligando a Barra da Tijuca a Deodoro, batizada de TransOlímpica, traz alguns ventos positivos para aqueles que torcem que as prometidas melhorias no trânsito e no transporte do Rio saiam do papel. Sem ver uma grande obra viária há mais de dez anos – a última foi a Linha Amarela -, a cidade convive hoje com vias saturadas e congestionamentos que não param de crescer, trazendo os mais diversos transtornos para a vida do carioca.

Depois da habitação, o trânsito e o transporte público estão entre os mais graves problemas enfrentados pelo Rio. Não há cidade desenvolvida no mundo que não conte com um eficiente sistema de transporte. E para chegarmos lá, são necessários investimentos pesados. A iniciativa de começar as obras não só da TransOlímpica, mas também da TransOeste (ligando a Barra a Santa Cruz) e a TransCarioca (Barra-Penha, já com obras atrasadas) é o começo de uma ação que, caso tenha prosseguimento, pode ser fundamental para 2016.

Existem algumas outras importantes ideias ainda a serem executadas. Como parte do projeto olímpico, há a intenção de se construir a linha de metrô que ligará a Barra à Zona Sul, o que é essencial como parte de um sistema metroviário, hoje ainda incipiente e problemático. O trem-bala, que integraria o Rio a São Paulo com conexões nos principais aeroportos do país: Galeão (RJ), Congonhas (SP), Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas) é um sonho tecnológico caro. Todos eles dependem da conclusão de estudos detalhados de engenharia e de muito, muito dinheiro. Além destes, há ainda o projeto de revitalização da Região Portuária do Rio, que traria um grande dinamismo social e econômico para uma área degradada há décadas.

Muitos projetos do passado – como a rede do metrô e os corredores viários “coloridos” – ficaram no papel. Mas, com a reunião de intenções, parcerias, recursos, poder público e pessoas dispostas, é possível concretizar o sonho de termos o Rio que nós merecemos.

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