Quem nunca teve a sensação de estar perdendo um valioso tempo do seu dia ao ficar preso no trânsito durante a ida para o trabalho ou na volta para casa? Infelizmente, no Rio de Janeiro esta é uma realidade para quase todos. E, o mais alarmante: a situação vai piorar.
Enquanto a economia deve comemorar o contínuo aquecimento do mercado imobiliário carioca, quem precisa circular pela cidade deve se preparar para uma verdadeira via-crúcis nas ruas da cidade. É que os empreendimentos que estão sendo lançados recentemente, apesar de aumentarem significativamente o tráfego em áreas já complicadas com a adição de carros de novos moradores, não incluem em seu planejamento ações para minimizar esses efeitos negativos.
No bairro de Botafogo, por exemplo, campeão em novos empreendimentos imobiliários, as ruas São Clemente, Voluntários da Pátria e Mena Barreto, ficam intransitáveis no fim do dia. Mesmo assim, novos prédios estão em construção na área.
No Leblon, agora mesmo se noticiou que dois casarões antigos serão postos a baixo para darem lugar a prédios residenciais. Em Jacarepaguá, outra área em franco crescimento residencial, a Estrada dos Três Rios, a Rua Geremário Dantas e a Avenida Nelson Cardoso já se encontram com trânsito saturado. Isso para não falar das viagens e engarrafamentos entre a Baixada Fluminense e o Rio ou entre a Barra da Tijuca e o centro da cidade.
A construção civil é, sem dúvida, uma área importantíssima de nossa economia e seu bom andamento é benéfico à cidade. No entanto, o planejamento de qualquer novo empreendimento deve incluir aspectos ambientais, sociais e também de trânsito de pessoas e carros. De nada adiantará possuir belas casas de onde não se conseguirá sair ou onde não se conseguirá chegar, nos momentos mais importantes, devido a um trânsito caótico. A engenharia civil e a arquitetura precisam, nestes casos, se conjugar com a engenharia de tráfego.
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